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Tomorrows Tulips em entrevista: “Misses Hash é uma pessoa.”
Tomorrows Tulips em entrevista: “Misses Hash é uma pessoa.”
Setembro 9, 2014 9:30 pm
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Tomorrows Tulips em entrevista: “Misses Hash é uma pessoa.”
Setembro 9, 2014 9:30 pm
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Conhecidos talvez pela abertura dos concertos dos The Growlers em Novembro do ano passado, os Tomorrows Tulips anunciaram recentemente um novo álbum – When.
Falámos com o Alex Knost dos Tomorrows Tulips sobre aquilo que se podia esperar deste novo trabalho e se a banda voltaria a Portugal em função da tour do novo trabalho. O resultado pode ser lido em baixo:
Threshold Magazine – When marca o regresso dos Tomorrows Tulips aos trabalhos de estúdio. A gravação do novo álbum vai conter marcas de lo-fi e shoegaze, como nos anteriores trabalhos, ou vai ter uma produção melhorada face aos mesmos?
Tomorrows Tulips – Para mim o lo-fi funciona como documentação pessoal, uma espécie de DIY (Do It Yourself), por razões artísticas e financeiras, portanto, nesse sentido podem esperar o mesmo, da mesma forma no que toca ao shoegaze. Eu tendo a gostar de elementos atmosféricos ou repetitivos quando ouço música. Nós procuramos mais explorar do que idenficar-nos com algo.
TM – Este novo trabalho traz uma nova formação na banda, desta vez, como trio. Como sentem que isso influenciou no vosso trabalho? Sentem algumas diferenças a níveis sonoros ou mesmo de evolução musical para um estilo diferente?
Tomorrows Tulips – Sem dúvida que tem aumentado o nosso interesse, pois não queremos fazer o mesmo álbum duas vezes. Já conhecíamos o Jamie há algum tempo e ele gravou o nosso último álbum, com uma sonoridade semelhante a esse último trabalho, mas com ele a tocar bateria.
TM – A adolescência e essa fase mais jovem marca bastante os vossos trabalhos anteriores, esta influência vai voltar a estar presente no novo álbum, ou terão novos temas em exploração?
Tomorrows Tulips – Esse foi o tema do nosso primeiro álbum, porque proporcionou a criação da banda. Resultou de uma entrevista do Calvin Johnson que eu li e me inspirou. O Experimental Jelly foi mais introvertido como um diário alimentado pela interacção. Quanto ao novo álbum ainda o estou para terminar, por isso não tenho o ponto de vista adequado, é parecido com um vómito abstracto e expressionista.
TM – Uma curiosidade por trás do single “Glue To You”. O nome da música veio de onde? De uma inspiração ao filme “Glue” de Alexis dos Santos, ou de outra particularidade em geral?
Tomorrows Tulips – Foi o Ford que escreveu e canta essa canção. Por isso acho que não, mas verei o filme depois!
TM – Acham que a erva entre outras drogas têm influência na produção dos singles? Isto é, ao ouvir “Misses Hash”, “Free” e “Tired” a única coisa que nos ocorre é pegar num charrinho e sentir o amor dentro de nós próprios enquanto o partilhamos com outros. Sentem isso em relação à vossa música, ou produzem-na nesse estado espírito?
Tomorrows Tulips – Misses Hash é uma pessoa. É uma música sobre essa pessoa e a letra está relacionada com os seus tormentos. Escolhemos esse nome por causa do interesse dela em erva. “Tired” e “Free” não estão relacionadas com drogas.
TM – Que bandas/artistas têm andado a ouvir ultimamente?
Tomorrows Tulips – Le Tigre, Neil Young, Guru Guru, e bastante Sonic Youth!
TM – Gostaram da passagem no ano passado por Portugal? Estão a pensar voltar cá em função da tour de When?
Tomorrows Tulips – Sim, nós estamos a caminho! Portugal foi excelente, o concerto foi incrível, com uma hospitalidade generosa, as ruas eram velhas e podiam contar um milhão de histórias.