Cave Story em entrevista “Queremos lançar alguma coisa ainda este ano”

Cave Story em entrevista “Queremos lançar alguma coisa ainda este ano”

| Outubro 18, 2015 6:08 pm

Cave Story em entrevista “Queremos lançar alguma coisa ainda este ano”

| Outubro 18, 2015 6:08 pm



Durante o Indie Music Fest tivemos a oportunidade de conversar com Gonçalo Formiga, Pedro Zina e Ricardo Mendes, mais conhecidos como Cave Story
Os Cave Story estarão presentes no Jameson Urban Routes onde também estarão nomes como El Guincho (DJ Set), Andy StottLa FemmeSuuns & Jerusalem In My Heart

Threshold Magazine(TM) – O que é que vocês acham do Indie Music
Fest?


Pedro Zina(PZ) – É a nossa primeira vez aqui. Estamos a
conhecer e até agora estamos satisfeitos.

TM – Nunca tinham ouvido falar antes ou…

Gonçalo Formiga (GF) – Sim, já tinhamos ouvido falar.

TM – Mas nunca tiveram curiosidade em aparecer cá?

PZ – Não, também somos de um bocadinho longe, mas quem sabe numa
próxima edição.

TM – E tendo em conta o público que já está cá no campismo,
como é que é acham que vai ser o concerto hoje?

PZ – Parece-me que vai correr bem. Ainda não estivemos muitos
atentos aqui ao ambiente.

Ricardo Mendes (RM) – Fizemos só o soundcheck e correu bem.

PZ – Está tudo em ordem, o palco é fixe, o ambiente é fixe.
Tudo indica que vai ser um bom concerto.

TM – O vosso nome é baseado no jogo Cave Story. Têm mais
alguma influência do jogo além do nome? Porque é que escolheram o nome desse
jogo?

PZ – Era um jogo que nos estávamos a jogar na altura em que
formamos a banda. Pá, nomes é sempre aquela cena.

GF – Podes fazer as relações que entenderes. Na nossa cabeça
fazemos as relações que entendemos. Mas no geral foi só “o nome é giro” e
gostamos do jogo por isso vamos usar. Por acaso até tivemos o approval do
criador.

TM – Vocês sentem algum tipo de apoio por parte da vossa
cidade, das Caldas, ou acham que há completamente falta de apoio à arte, a
música em específico?

GF – Da música em específico, como assim? Das instituições,
tipo da Câmara ou assim?

TM – Sim da própria câmara em ceder espaços para concertos e
assim, quando estavam a começar.

GF – Não, nós tocámos muito nas Caldas mesmo assim. Nem nos
podemos queixar. Aí não tem tanto a ver com a Câmara. Acho que há muitas
pessoas com boas intenções, mas a questão é saber se as pessoas sabem o que
fazer ou não. E acho que é isso que acontece nas Caldas, as pessoas têm boas
intenções no geral, parece-me, mas às vezes não sabem exactamente como fazer as
coisas. É preciso mais experiência. Mas depois ao mesmo tempo há sempre grupos
e associações que se mexem, que fazem as coisas acontecer da maneira certa.

TM – Então acham que tiveram sorte no local onde começaram?

GF – Sorte e não só. Nós fazemos parte dessas associações e
já criámos sítios para ter concertos, já promovemos concertos, já fizemos essas
cenas. Há sempre alguém que primeiro faz a cena mas depois tu podes criar a tua
própria coisa desde que haja 10 a 20 pessoas a querer ir ver.

PZ – Se queres que as coisas corram bem és tu que tens de
fazê-las acontecer.

TM – Como é que vocês se conheceram?

PZ – Eles os dois andaram juntos na natação, já quando eram
putos, para aí desde os 4 anos. E eu supostamente também andava mas não os
conheci nessa altura. E então começamos para aí em 2012, conheci estes
marmanjos em 2012 e passado um bocado começamos a tocar os três.

TM – Por alguma razão em específico, assim para algum evento
ou juntaram-se, “olha vamos”…?

GF – Queríamos ter uma banda e achamos que éramos as pessoas indicadas para ter uma
banda.

TM – Sentiram logo uma certa química?

GF – Sim, sim.

TM – Então agora falando  um bocado do
vosso EP, Spider Tracks, que influências é que tiveram na sua 
criação?

PZ – O nosso ep  foi uma espécie
de  coletânea que  tínhamos vindo a criar ao longo de algum tempo, de
alguns meses.  Foi mais um processo de seleção de músicas que na
nossa ótica ganhou uma coerência engraçada no final. Juntando música
a música ficou ali algo com significado.

TM – E quanto a influências?

GF – Tudo o que nos ouvimos e gostamos 
vai influenciar na criação dos nossos sons, das nossas texturas,  para as
cenas que queremos dizer de alguma forma  há sempre muita coisa. É claro
que há coisas o que gostamos mais do que outras mas não dá mesmo para dizer “É
tal e qual  aquela cena mas com outras letras”.

TM – Não  sentiram do tipo “vamos
fazer parecido com aqueles tipos porquê eles se exprimem da maneira que eu
quero, então, vou fazer uma coisa semelhante”.

RM – Fazes isso mas de maneira não
consciente. Fazes isso com muitas delas com cenas tipo estilos.

GF – A música é assim que acontece, ninguém faz
de outra maneira. Há pessoas que tentam quebrar completamente todos os cânones das
coisas, inclusive a mutação musical que vem desde os gregos, há pessoas que
tentam cortar com isso. Há imensos exemplos, tipo avant-garde norte americano,
e há pessoas que ainda hoje tentam atingir essas coisas. Nós não, nós fazemos
música pop, música rock, música que está nessa onda e que tem estas e aquelas
influências e tudo aquilo que nós pudermos eventualmente ouvir e que nos
influencie.

TM – Qual foi a maior dificuldade que tiveram na criação do
EP?

GF – Juntar dinheiro para comprar o material e depois
aprender a mexer nele. Não foi bem uma dificuldade, foi mais um desafio.

TM – O que gostaram mais na criação do vosso trabalho?

PZ – Tudo, gravá-lo, produzi-lo.

GF – Sentires que estás a criar uma coisa que mexes num botão
e que aquilo muda para uma coisa que podes gostar mais ou menos e podes moldar.

TM – Estão a preparar alguma coisa nova de que possam já
falar?

PZ – Temos estado a tocar, fazer músicas novas. Queremos
lançar alguma coisa ainda este ano mas um álbum só para o ano que vem.

TM – Quando começaram a tocar esperavam alcançar algum
sucesso como o que têm agora?

GF – Não queríamos sucesso por sucesso, queríamos tocar e
para isso precisas de sucesso. As pessoas quererem saber da tua música e sentir
que as pessoas gostam da tua música sem seres só tu, também é bom.  

TM – Em que festival ou sala gostariam de tocar?

PZ – Aqui.

TM – Algum festival maior, por exemplo Nos Primavera Sound ou
Vodafone Paredes de Coura?

PZ – Pode ser Primavera e Paredes, já que não fomos.

TM – Onde gostaram mais de tocar?

PZ – Gostamos em Barcelos, por exemplo, no Barreiro, no
Montijo, em Monção… Sei lá, muitos sítios.

TM – Em que zona do país são melhor recebidos?

PZ – Não dá para definir, cada espaço é um espaço.

GF – Em Lisboa costuma estar mais cheio.

TM – O que têm ouvido nas últimas semanas?

PZ – Eu tenho ouvido The Fall.

GF – Eu tenho ouvido…não sei…o que é que tens ouvido?

RM – O que eu tenho ouvido não posso dizer senão eles ficam
envergonhados.(risos) Tenho ouvido, por exemplo, Total Control e também Bad Bad
Not Good.



TM- É tudo. Obrigado!
FacebookTwitter