Entrevista: Eat Bear
Entrevista: Eat Bear
Novembro 7, 2015 2:32 pm
| Entrevista: Eat Bear
Novembro 7, 2015 2:32 pm
|
Durante o Indie Music Fest tivemos a oportunidade de conversar com Filipe Martins, Gonçalo Videira, Miguel Almeida e Rafael Corte Real mais conhecidos como Eat Bear.
Threshold Magazine(TM) – O que acham do Indie Music Fest?
Rafael Corte Real(RCR) – É uma estreia para nós, é a primeira vez que cá estamos, mas está dentro daquele grupo de novos festivais que tem merecido a atenção de toda a gente. Era um sitio onde queríamos muito tocar, ficamos satisfeitos com o convite e acho que é um dos festivais que veio para ficar. É fixe porque só tem bandas portuguesas, esperamos voltar cá um dia e tocar no palco principal, se calhar.
TM – Como acham que o público vai reagir à vossa música?
Filipe Martins(FM) – Depende, se tocarmos bem acho que vão curtir, principalmente se tiverem bebido um pouco de cerveja. Se fizermos asneira, se calhar vão querer o dinheiro de volta.
TM – Como é que se conheceram?
Miguel Almeida(MA) – O Rafael e o Filipe já se conheciam desde o secundário, entretanto eu andava no mesmo liceu que o Filipe, Surpreendentemente não nos conhecemos lá, quando eu o via lá achava que ele era um freak então tinha medo de falar com ele. Quando já andavamos na faculdade é que começamos a falar. O Gonçalo só se juntou mais tarde.
TM – Porquê Eat Bear?
Gonçalo Videira(GV) – Eu fui o ultimo a entrar na banda e já me perguntei isso várias vezes, e a eles. Mas a historia que eles contam, oficial, é: o Rafa tinha uma lista de nomes e o Alfie[Filipe] tinha de escolher um nome da lista e escolheu “Eat Bear”, o Rafa é que devia explicar porque é que subiu Eat Bear na lista.
RCR – Estás a ver os Pink Floyd que se chamam Pink Floyd em homenagem a um Pink qualquer coisa e a um Floyd qualquer coisa? E eu dei uma lista ao Alfie e uma era Eat qualquer coisa e a outra Bear Grow A Pair. Agora como é que surgiu Eat Bear não nos lembramos mesmo, foi porque nos soou bem. Até ponderamos na altura chamar Eat Bear Grow A Pair à banda mas achamos excessivo. O nosso EP vai chamar-se Grow A Pair em homenagem a esses tempos iniciais.
TM – Falando um pouco do vosso album de estreia e único que lançaram até agora, Trust Found, 2013. Na altura o album saiu como queriam?
RCR – Saiu como saiu. Mas também não era bem o que nós queriamos quando nos vimos a tocar como estamos este ano e no ano passado. Podia ter ficado melhor, acho que estamos a compor melhor agora. Muito do que temos nesse album tocamos ao vivo e fica fixe. Quando olhamos para esse registo achamos que foi um pouco precipitado, podiamos ter gravado só duas ou três músicas. Claro que agora o EP que está para sair e os singles que lançamos no inicio do ano vão muito mais ao encontro do que queremos fazer mas não temos vergonha daquilo, acho eu.
FM – Como disseram umas grandes senhoras num poema chamado “Wannabe”, senhoras são as Spice Girls: “If you want my future forget my past”.
RCR – Na altura eram a músicas que tínhamos. Acho que também não gravamos da forma que queríamos, ao vivo também temos a oportunidade de transformar as músicas e dar mais interesse àquilo. Não é um registo para se esconder…e há quem goste.
TM – Podem falar um bocado do EP ou trabalhos que estão a pensar para o futuro?
MA – O próximo trabalho que vamos lançar estimamos que saia no fim de Setembro ou Outubro. Vai incluir quatro músicas, duas delas os singles que lançamos no inicio do ano “Skipp-Off” e “July”. Achamos que continua a ser assim uma banda garage mas duas das músicas novas têm umas vozes mais pop e o produtor foi o Rafael Silver que toca nos The Lazy Faithful, na Adega Estúdios e estamos contentes com o resultado.
TM – Com este novo EP estão mais proximos da sonoridade que pretendiam?
RCR – Sem dúvida. Eu acho que à medida que vamos tocar em conjunto não vamos estar sempre a fazer a mesma coisa. Neste registo o Miguel assumiu mais a composição e fez mais à maneira dele e nós alinhamos na cena e curtimos. Se calhar no proximo ano estamos a fazer uma cena diferente. Eu não curto muito bandas que repetem edição atrás de edição o mesmo som. Agora estamos super satisfeitos com o que fizemos. Se calhar não vamos mudar tanto como os Ceremony.
TM – Quais as principais influencias para este EP?
FM – Tem umas partes de Queens Of The Stone Age, quando forem ouvir vou dizer que sou maluco. Ty Segall, aqueles refrões. Yuck, sem dúvida. Kylie Minogue…
RCR – É um bocado isso, misturamos um bocado garage com indie pop.
TM – O que têm ouvido nas ultimas semanas?
FM – Ontem comecei a ouvir, não se riam, o novo album da Miley Cyrus, foi com os The Flaming Lips que ela fez, tem algumas músicas fixes outras nem por isso. Rolling Stones. O novo álbum dos Foals. Bowie.
MA – Estou a ouvir uma banda inglesa relativamente nova que se chama Wolf Alice, o novo dos Tame Impala, o novo dos Foals e uma banda muito fixe americana que se chama Sheer Mag.
RCR – Eu devo ser o gajo que ouve mais música nesta banda portanto tenho uma lista maior. Ando a ouvir incessantemente o álbum dos Foals, o álbum de estreia de Girl Band, tenho ouvido também muito o novo de FIDLAR, Lower Dens, o novo álbum dos Ought, Thee Oh Sees, o Currents dos Tame Impala, também é uma cena que passa no meu itunes e o ultimo dos Wand, o Golem.
GV – Tenho ouvido Flight Facilities e o ultimo album dos Justice.
TM – É tudo, obrigado!