NOOJ em entrevista: “Agora toco com distorção em todas as músicas, o que em Old Yellow Jack nunca acontece”
NOOJ em entrevista: “Agora toco com distorção em todas as músicas, o que em Old Yellow Jack nunca acontece”
NOOJ em entrevista: “Agora toco com distorção em todas as músicas, o que em Old Yellow Jack nunca acontece”
Esta semana estivemos à conversa com os NOOJ, a nova banda formada por Miguel Afonso (bateria) e Skronk de Almeida (guitarra/voz), também membros dos Old Yellow Jack, em antevisão ao seu concerto com os espanhóis The Parrots, este sábado no Musicbox Lisboa.
Threshold Magazine (TM) – Como surgiu este projeto?
Miguel (M) – Old Yellow Jack é a nossa outra banda, estamos a gravar um álbum há muito tempo, e como o álbum está bonito, e não tínhamos nada para fazer, criámos uma cena feia. (risos)
Skronk (S) – Epa tínhamos tempo, começamos a desenvolver umas coisas mais pesadas, mais punk, tipo Ought ou assim, e então, já que tínhamos tempo.
TM – E qual é a origem do nome NOOJ?
M – Queres a versão curta ou a versão longa?
TM – A versão que vocês quiserem. (risos)
M – A versão curta é… NOOJ é NOJO em açoriano. A versão longa é que nós gostamos de uma banda que são os No Age, e é um nome mais ou menos parecido.
S – No Age No Age… NOOJ, muito bom, super eléctrico. (risos)
TM – O que podemos esperar do vosso EP de estreia?
M – É mais ou menos o que andamos a tocar ao vivo, secalhar ali com algumas coisas diferentes a meio.
S – Talvez um cheirinho mais experimental do que tocamos ao vivo, e talvez umas surpresas electrónicas.
TM – O facto de serem amigos de longa data torna mais fácil o vosso processo criativo?
S – Epa sim, amigos de longa data…
M – Pelo menos.. somos.
S – 5 anos.
M – Já vi no facebook que a partir de 7 anos é um amigo para a vida, está quase. (risos)
S – Mas já tocamos juntos desde 2011.
M – E também crescemos musicalmente, por isso torna-se um bocado fácil, nós ouvimos as mesmas coisas sempre.
TM – E neste novo projeto há influências de Old Yellow Jack? Ou decidiram fazer uma coisa completamente nova?
S e M – Não, nada, zero.
S – Não podia haver mesmo.
TM – Era uma coisa mesmo nova não é?
S – Sim, o Miguel toca bateria de uma maneira completamente diferente do Filipe (baterista dos Old Yellow Jack), eu estou a tocar de outra maneira completamente diferente, agora toco com distorção em todas as músicas, o que em Old Yellow Jack nunca acontece.
M – Epa e não há baixo.
TM – Há alguma razão em específico para cantarem em português nos NOOJ? Dado que em Old Yellow Jack as letras são em inglês.
S – Isso era tipo um desafio.
M – O Skronk é o que escreve as letras, por isso ele tá tão habituado a escrever as letras em inglês, que foi um desafio que eu lhe lancei para escrever em português.
S – Ele disse “Tenta aí pá, tenta escrever em português”, e eu disse “Ah… ok”. (risos)
M – Foi para nos afastarmos mais de Old Yellow Jack, e ser em português é mais bonito ainda.
S – Até acho que estou a cantar de uma maneira completamente diferente nas duas bandas.
TM – Há planos para um LP?
M – Não, acho que só queremos lançar EP’s mesmo.
S – Talvez daqui a uns anos.
M – Secalhar um EP com várias colaborações, mas isso é só falado.
TM – Pensam fazer uma tour depois de lançar o vosso EP?
M – Sim claro.
S – Sim isso claro, já temos datas marcadas.
TM – No outro dia vi que vão tocar com os 800 Gondomar, não é?
S – Sim, no Sabotage e depois no Maus Hábitos.
TM – E estão entusiasmados por abrirem para os Parrots no próxima dia 5?
S – Sim, já os tínhamos visto ao vivo.
M – Embora haja derbi nesse dia. (risos)
TM – O que têm andado a ouvir ultimamente?
S – Andamos a ouvir bastante Parrots, e gostamos muito.
M – Temos andado a ouvir Deerhoof.
S – Muito Deerhoof, No Age, depois cá em Portugal…
M e S – Pega Monstro.
TM – O novo do Ty Segall não?
M – Ainda não ouvi, mas tenho curiosidade.
S – Já ouvi, ainda não ouvi com muita atenção, mas já ouvi os outros todos.
M – E o Slaughterhouse também é uma coisa influente em NOOJ.
TM – E pronto é isto!
M – É isto!