Road to Vodafone Paredes de Coura #1

Road to Vodafone Paredes de Coura #1

| Julho 28, 2017 6:02 pm

Road to Vodafone Paredes de Coura #1

| Julho 28, 2017 6:02 pm



Já falta pouco para o Vodafone Paredes de Coura, que vai celebrar os seus 25 anos na próxima edição. Enquanto não começa a festa, sugerimos alguns dos concertos a ver entre 16 e 19 de agosto.

17 de agosto
Car Seat Headrest

Os Car Seat Headrest vão regressar a Portugal e com eles vão trazer novamente Teens of Denial, um dos melhores álbuns de 2016. Liderados por Will Toledo, são autores de algumas das músicas mais marcantes do indie rock dos últimos anos, incluindo “Drunk Drivers/Killer Whales”, “Fill in the Blank” e “Unforgiving Girl (She’s Not An)”. No mínimo algumas destas serão ouvidas dia 17 de Agosto no Palco Vodafone do festival.

Will Toledo é um cantautor muito talentoso, que consegue
tirar o melhor das suas influências sem perder a personalidade própria da sua
sonoridade. A banda que o acompanha mantém toda a sua qualidade ao vivo. O
concerto dos Car Seat Headrest tem tudo para ser um dos mais especiais do
festival. Refrões orelhudos, letras cativantes, composições dinâmicas e muita
energia não vão faltar. 

– Rui Santos


18 de agosto
Bruno Pernadas


Bruno Pernadas é um dos melhores compositores e guitarristas portugueses, autor de dois dos mais criativos álbuns nacionais dos últimos tempos: How can we be joyful in a world full of knowledge e Those who throw objects at the crocodiles will be asked to retrieve them. As suas músicas integram uma grande variedade de instrumentos e passam por diversos géneros, como jazz, pop e folk.

A acompanhá-lo estão excelentes músicos, incluindo Afonso Cabral, vocalista dos You Can’t Win, Charlie Brown, Francisca Cortesão, de Minta & the Brook Trout, o baixista Nuno Lucas e João Correia na bateria, entre outros. Os seus concertos, com a presença de uma grande e muito competente banda, mantém a complexidade das composições originais, que são executadas de maneira exímia. É um daqueles concertos em que é especialmente interessante ver os artistas a tocar. Será certamente uma agradável surpresa para quem não o conhecer.


– Rui Santos



Beach House


Um dos maiores nomes do dream pop, com concertos constantes em Portugal, vai voltar e certamente não vai desapontar. O alinhamento deverá conter canções de vários álbuns, incluindo Teen Dream, Bloom e Depression Cherry, sendo que possivelmente se irá ouvir também uma ou duas canções da mais recente compilação B-Sides and Rarities.

As canções do duo são melancólicas, suaves e etéreas. Estas são marcadas pela voz extremamente bonita de Victoria Legrand, sempre acompanhada por melodias e harmonias de guitarra e teclado muito atmosféricas.

Os Beach House são uma banda que não tem nada a provar, estabelecida como uma das melhores do género. Os seus concertos são como a maior parte dos seus álbuns: simples, sem grandes surpresas, mas repletos de momentos bonitos e envolventes. Um concerto a não perder em Paredes de Coura, mesmo que já os tenham visto anteriormente.


– Rui Santos


19 de agosto
Ty Segall

O californiano Ty Segall está de volta a Portugal pelo 4º ano consecutivo. Sim, 4 anos de seguida. Em 2015 ele veio ao Paredes de Coura com os Fuzz, num concerto memorável dessa edição do festival nortenho. Este ano o set vai ser a “solo”, acompanhado pelo conjunto de músicos que o seguem desta vez, a Freedom Band. O último álbum de Ty Segall, produzido pelo Steve Albini dos Shellac, foi já gravado com esta banda.

Um disco de nome homónimo que talvez seja o mais fraco do Ty, com a exceção de uma ou duas músicas, o que não nos impressiona. Quem lança álbuns ao ritmo destas bandas eventualmente irá ter uma fase pior, é inevitável, acontece aos melhores e aos piores.

Talvez esta opinião mude depois de o vermos no palco principal do Paredes de Coura. Ty Segall ao vivo não falha, disso temos a certeza.

PS: Levem um pano para a cara, vai-se levantar muito pó aqui.

– Tiago Farinha



Foxygen

No último concerto que os Foxygen deram em Portugal houve quase tanta diversão e confusão em palco como fora dele. Houve coreografias de dança, lutas de espadas, flores e mais. Talvez este ano se repita a dose.

Independentemente da existência ou não de todo esse aspeto teatral, o que está quase garantido é uma setlist ainda melhor. Da última vez vieram apresentar o fraco …And Star Power, enquanto que desta vez trazem-nos Hang, caracterizado por um pop progressivo com momentos orquestrais e mais épicos que devem funcionar muito bem ao vivo. Podia ser a banda sonora de um teatro musical. Devemos também ouvir algumas canções de We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic, um disco mais psicadélico e também influenciado pelo glam rock dos anos 70.

Os Foxygen vão-nos levar umas décadas atrás e transportar-nos para os Estados Unidos. Que seja uma boa viagem.

– Rui Santos

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