Road to Moledo #2
Road to Moledo #2
Agosto 1, 2017 2:40 pm
| Road to Moledo #2
Agosto 1, 2017 2:40 pm
| Truckfighters no SonicBlast Moledo 2016 |
Já não falta muito tempo para o início de mais uma edição do SonicBlast Moledo, referência nacional para todos os fãs de stoner e de festivais com piscina que não ficam em Barcelos.
Esta será a sua sétima edição, o qual tem apresentado um impressionante crescimento desde a sua primeira edição, contando no ano passado com nomes impressionantes como Uncle Acid and the Deadbeats, Truckfighters, All Them Witches ou Stoned Jesus e, em passadas edições com nomes de peso dentro do género como os icónicos Pentagram, os japoneses Church of Misery ou My Sleeping Karma.
A edição de 2017 apresenta um cartaz mais diversificado, uma vez que se por um lado apresentam bandas pesadonas para os ouvidos como Monolord ou Acid King, assim como bandas que se afastam deste peso e compensam com uma dose extra de psicadelismo, como é o caso dos Kikagaku Moyo.
Neste artigo vou deixar algumas recomendações que espero que sirvam como guia para a ementa musical que vai ser servida na praia de Moledo.
Dia 2
Não é fácil escolher um álbum naquela que é a tão vasta
discografia de Orange Goblin, por isso optei por um dos mais icónicos álbuns da
banda inglesa. Esta banda de culto, que provavelmente vai receber uma das
maiores audiências do festival, promete uma boa mistura de stoner doom, punk, southern metal e blues mergulhados em testosterona.
discografia de Orange Goblin, por isso optei por um dos mais icónicos álbuns da
banda inglesa. Esta banda de culto, que provavelmente vai receber uma das
maiores audiências do festival, promete uma boa mistura de stoner doom, punk, southern metal e blues mergulhados em testosterona.
Um concerto ideal para beber um ou dois finos e partir para
uma batalha épica no epicentro do mosh ao som de músicas como “Blue Snow” ou “The Man Who Invented Time”. Um bom álbum para começar a descoberta da discografia desta
banda que, apesar de terem alterado as suas sonoridades ao longo do tempo, foi
neste que adquiriram grande parte do estatuto que tem hoje.
uma batalha épica no epicentro do mosh ao som de músicas como “Blue Snow” ou “The Man Who Invented Time”. Um bom álbum para começar a descoberta da discografia desta
banda que, apesar de terem alterado as suas sonoridades ao longo do tempo, foi
neste que adquiriram grande parte do estatuto que tem hoje.
Colour Haze – Tempel
O concerto deste trio alemão é um dos mais aguardados da
edição 2017 do festival. Na sua estreia em palcos nacionais contam já com
uma grande experiencia e legião de fãs. Apesar de trazerem um álbum novo editado este ano, In
Her Garden, o que muitos aguardam ansiosamente por ouvir são as faixas do
icónico álbum Tempel, onde exploram diversos elementos do planeta Terra, sejam
estes materiais ou não, como é o caso de “Aquamaria”, faixa mais famosa da
banda e, discutivelmente, uma das mais icónicas musicas deste género musical.
edição 2017 do festival. Na sua estreia em palcos nacionais contam já com
uma grande experiencia e legião de fãs. Apesar de trazerem um álbum novo editado este ano, In
Her Garden, o que muitos aguardam ansiosamente por ouvir são as faixas do
icónico álbum Tempel, onde exploram diversos elementos do planeta Terra, sejam
estes materiais ou não, como é o caso de “Aquamaria”, faixa mais famosa da
banda e, discutivelmente, uma das mais icónicas musicas deste género musical.
“Fire” ou “Mind” e as restantes musicas do álbum, apesar de não terem a mesma
atenção que a anterior referenciada, são inquestionáveis na sua qualidade e um
bom exemplo do quão eficazes estes homens conseguem ser sem recorrer a grandes
artifícios.
atenção que a anterior referenciada, são inquestionáveis na sua qualidade e um
bom exemplo do quão eficazes estes homens conseguem ser sem recorrer a grandes
artifícios.
Muitos músicos lendários já pisaram os palcos montados em
Moledo e esta edição vai receber os Acid King, liderados pela enorme Lori S.,
uma das principais figuras femininas no movimento stoner.
Moledo e esta edição vai receber os Acid King, liderados pela enorme Lori S.,
uma das principais figuras femininas no movimento stoner.
O álbum que escolhi para apresentar a banda retira o nome de
uma reserva florestal onde Lori e os seus amigos iam ouvir música e vender substâncias
ilícitas, até ao dia em que foram apreendidos pela polícia. Este álbum é um
tributo a esses tempos de glória.
uma reserva florestal onde Lori e os seus amigos iam ouvir música e vender substâncias
ilícitas, até ao dia em que foram apreendidos pela polícia. Este álbum é um
tributo a esses tempos de glória.
Aqui podemos encontrar um conjunto de músicas que deixam os
olhos injetados de sangue só com o seu peso, com faixas como “Electric Machine”,
uma das mais louvadas dentro do mundo místico que é o Stoner Metal. “Drive
Fast, Take Chances” deixa saudades de quando as pessoas ouviam “yolo” ou “carpe
diem”, não reviravam os olhos e vomitavam as entranhas. Esta poderosa música
sobre aproveitar a vida em cima de uma mota e violar os limites de velocidade transmite o som característico da banda, assim como “Silent Circle”, inspirada nos
crimes do assassino Ricky Masso.
olhos injetados de sangue só com o seu peso, com faixas como “Electric Machine”,
uma das mais louvadas dentro do mundo místico que é o Stoner Metal. “Drive
Fast, Take Chances” deixa saudades de quando as pessoas ouviam “yolo” ou “carpe
diem”, não reviravam os olhos e vomitavam as entranhas. Esta poderosa música
sobre aproveitar a vida em cima de uma mota e violar os limites de velocidade transmite o som característico da banda, assim como “Silent Circle”, inspirada nos
crimes do assassino Ricky Masso.
Esta escolha recai para todos aqueles que nas viagens de
descobertas musicais pelas profundezas do YouTube nunca se depararam pelo álbum
com riscas laranjas e pretas dos holandeses The Machine. Se necessitarem de razões precisas e objetivas para comprarem
um bilhete para este festival, percam aproximadamente 17 minutos das vossas
vidas a ouvir “Moons of Neptune”, última faixa deste álbum.
descobertas musicais pelas profundezas do YouTube nunca se depararam pelo álbum
com riscas laranjas e pretas dos holandeses The Machine. Se necessitarem de razões precisas e objetivas para comprarem
um bilhete para este festival, percam aproximadamente 17 minutos das vossas
vidas a ouvir “Moons of Neptune”, última faixa deste álbum.
Sintam os
poderes que estes magos possuem quando utilizam os seus instrumentos musicais. Apesar de não serem a banda mais “mediática” do festival, possuem o estatuto de banda de culto, alcançado com este álbum e são sem
dúvida um dos concertos que, pessoalmente, mais quero ver.
poderes que estes magos possuem quando utilizam os seus instrumentos musicais. Apesar de não serem a banda mais “mediática” do festival, possuem o estatuto de banda de culto, alcançado com este álbum e são sem
dúvida um dos concertos que, pessoalmente, mais quero ver.
Com o fim do hiato que durava desde
2012, após um último concerto no Amplifest, os fantásticos Löbo estão de
regresso à estrada onde tem mostrado a nova vida do seu unico álbum de longa
duração, Älma.
2012, após um último concerto no Amplifest, os fantásticos Löbo estão de
regresso à estrada onde tem mostrado a nova vida do seu unico álbum de longa
duração, Älma.
Desde momentos mais tensos até aos
mais hipnotizantes, as sonoridades deste conjunto de Lisboa, que conta com
Ricardo Remédio no sintetizador, Luís Pestana na guitarra e Renato Sousa no
baixo, são essencialmente ecléticas oferecendo uma experiência instrumental que
combina doom metal, post-rock, eletrónica progressiva e drone ambiental.
mais hipnotizantes, as sonoridades deste conjunto de Lisboa, que conta com
Ricardo Remédio no sintetizador, Luís Pestana na guitarra e Renato Sousa no
baixo, são essencialmente ecléticas oferecendo uma experiência instrumental que
combina doom metal, post-rock, eletrónica progressiva e drone ambiental.
Com músicas como “Aqui em baixo a alma mede-se com mãos cheias de
pedras” e “Matei os meus mestres – Silenciei os meus ídolos”, os Löbo pretendem
fazer os seus ouvintes questionarem-se quanto é que pesa a sua alma na viagem
sonora que são os seus concertos.
pedras” e “Matei os meus mestres – Silenciei os meus ídolos”, os Löbo pretendem
fazer os seus ouvintes questionarem-se quanto é que pesa a sua alma na viagem
sonora que são os seus concertos.
Texto por: Hugo Geada