Reportagem: Greg Fox [sub-placo do Teatro Municipal Rivoli, Porto]
Reportagem: Greg Fox [sub-placo do Teatro Municipal Rivoli, Porto]
Setembro 18, 2017 9:53 pm
| Reportagem: Greg Fox [sub-placo do Teatro Municipal Rivoli, Porto]
Setembro 18, 2017 9:53 pm
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© Ana Carvalho dos Santos
Foi esta sexta feira que
regressamos ao subterrâneo do Teatro Rivoli, no Porto, para mais um concerto
com curadoria Lovers & Lollypops.
Depois de trazerem nomes como Jibóia, Pop.1280 e Za, foi a vez do
baterista nova iorquino Greg Fox se apresentar no sub-palco do Teatro
Rivoli para uma performance a solo.
regressamos ao subterrâneo do Teatro Rivoli, no Porto, para mais um concerto
com curadoria Lovers & Lollypops.
Depois de trazerem nomes como Jibóia, Pop.1280 e Za, foi a vez do
baterista nova iorquino Greg Fox se apresentar no sub-palco do Teatro
Rivoli para uma performance a solo.
Membro integrante dos
mais diversos projetos, entre os quais se encontram Liturgy , Zs e Ex Eye, com
quem gravou este ano um disco ao lado do saxofonista Colin Stetson, foi com o
seu segundo disco em nome próprio que Fox se apresentou novamente em Portugal. The Gradual Progression, assim se intitula o novo disco de Fox, foi
o disco que serviu de mote à tour europeia que terminou precisamente na cidade
do Porto.
mais diversos projetos, entre os quais se encontram Liturgy , Zs e Ex Eye, com
quem gravou este ano um disco ao lado do saxofonista Colin Stetson, foi com o
seu segundo disco em nome próprio que Fox se apresentou novamente em Portugal. The Gradual Progression, assim se intitula o novo disco de Fox, foi
o disco que serviu de mote à tour europeia que terminou precisamente na cidade
do Porto.
Para a sua performance a
solo, Fox veio equipado com um software de percussão sensorial, o mesmo
utilizado na produção do seu mais recente disco. Por me encontrar um pouco
longe do palco não pude averiguar com mais profundidade o funcionamento deste
sistema, mas com um pouco de pesquisa pude entender que a ligação dos
diferentes elementos da bateria ao sistema permitem-lhe criar diversos tipos de
sons diferentes, proporcionando um espetáculo mais completo num registo one man band.
solo, Fox veio equipado com um software de percussão sensorial, o mesmo
utilizado na produção do seu mais recente disco. Por me encontrar um pouco
longe do palco não pude averiguar com mais profundidade o funcionamento deste
sistema, mas com um pouco de pesquisa pude entender que a ligação dos
diferentes elementos da bateria ao sistema permitem-lhe criar diversos tipos de
sons diferentes, proporcionando um espetáculo mais completo num registo one man band.
Tendo o jazz sempre como
base, o concerto iniciou-se de modo mais improvisado e experimental com alguns
temas que poderão integrar um possível novo disco, segundo o próprio baterista.
A aplicação do sistema e de pré-gravações de saxofone trazem riqueza e volume à
sua atuação que recebe assim mais elementos fora da esfera jazzística como a
música ambient, delineada em finas
camadas de sintetizadores que surgem em perfeita união com a bateria de Fox.
base, o concerto iniciou-se de modo mais improvisado e experimental com alguns
temas que poderão integrar um possível novo disco, segundo o próprio baterista.
A aplicação do sistema e de pré-gravações de saxofone trazem riqueza e volume à
sua atuação que recebe assim mais elementos fora da esfera jazzística como a
música ambient, delineada em finas
camadas de sintetizadores que surgem em perfeita união com a bateria de Fox.
Na segunda metade do
concerto começávamos a ouvir alguns dos temas mais familiares que integram The Gradual Progression como “By Virtue
of Emptiness (que recebeu recentemente novo trabalho audiovisual) e a poderosa
“My House of Equalizing Predecessors”, onde se ouvem finalmente os tão
aguardados blast beats que
caraterizam o estilo de Fox, não fosse ele baterista dos vanguardistas do black metal Liturgy. Com uma bateria
certeira e a velocidade estonteante, foi assim que chegamos ao fim da atuação,
com uma bela e extensa versão do tema anteriormente referido. Entre as quebras
e depois de uma procura pelo silêncio, Fox atacava a bateria com tudo, agora
sem a companhia de sons pré-gravados. Só ele e a bateria.
concerto começávamos a ouvir alguns dos temas mais familiares que integram The Gradual Progression como “By Virtue
of Emptiness (que recebeu recentemente novo trabalho audiovisual) e a poderosa
“My House of Equalizing Predecessors”, onde se ouvem finalmente os tão
aguardados blast beats que
caraterizam o estilo de Fox, não fosse ele baterista dos vanguardistas do black metal Liturgy. Com uma bateria
certeira e a velocidade estonteante, foi assim que chegamos ao fim da atuação,
com uma bela e extensa versão do tema anteriormente referido. Entre as quebras
e depois de uma procura pelo silêncio, Fox atacava a bateria com tudo, agora
sem a companhia de sons pré-gravados. Só ele e a bateria.
Foram 40 minutos de pura
intensidade executados por um dos artistas mais desafiantes e intrigantes do
momento, detentor de uma sonoridade complexa que transcende as normas
convencionais não só do jazz mas de uma infinidade de géneros musicais,
culminando assim mais uma aposta bem sucedida no que diz respeito ao circuito
musical vanguardista.
Texto: Filipe Costa
Fotografia: Ana Carvalho dos Santos