TOMARA – Favourite Ghost – música a música
TOMARA – Favourite Ghost – música a música
TOMARA – Favourite Ghost – música a música
© Estelle Valente |
1 – Hallow
Foi a canção que ditou o início do processo de fazer um disco. Gravei um esboço em 2011, num pequeno escritório onde trabalhava em vídeo como freelancer. Enviei-o por email para a Márcia que tinha conhecido há muito pouco tempo e para quem ia filmar o vídeo da “Cabra-Cega”. Foi uma espécie de carta de amor. De resto única que enviei na vida. Ela foi a primeira a dizer-me que tinha de fazer um disco. E assim o fiz. E esta canção marca o seu início.
Esta canção é um pedido de desculpas. À falta de melhor talento para a descrever recorro-me do que o Ricardo Mariano escreveu sobre ela; “”Coffee And Toast”, … , marca de forma segura o ritmo e a pulsação de Favourite Ghost . Pontuada por pianos, guitarras lânguidas, uma percussão firme e pausada, a canção narra de forma bela e redentora dias em que a felicidade foi, circunstancialmente, mergulhada num qualquer nevoeiro desordenado e difícil: quase penumbroso. A música salva, esta fá-lo docemente. O amor emerge ressoante.”
3 – Favourite Ghost
Esta foi talvez a canção mais difícil de terminar porque percebi que abordava, de uma forma muito directa, o medo de dar um passo que se revelava difícil e essencial para mim. Alguns medos perseguem-nos e, com a idade, tentamos arrumá-los num sitio onde achamos que já não nos vão atormentar. Porque acreditamos que a fase das grandes mudanças já passou, ficou lá atrás, e que nos podemos resignar a isso. Mas não creio que isso seja possível. Acredito que esses “fantasmas” só se tornam mais presentes com o passar do tempo. Durante 2 ou 3 anos esta canção foi apenas um instrumental onde me deixei levar pela energia da guitarra e da secção rítmica. Tinha um pulso diferente das outras canções, mais visceral para mim. Um misto de angústia e esperança. Quando percebi que queria escrever e cantar algo sobre essa paisagem sonora foi inevitável ter de escrever de uma forma mais directa e mais dura. E esse foi um passo muito demorado, carregado de dúvidas e incertezas, até o sentir firme. Acho que a canção, em parte, explica o porquê de eu estar a lançar o primeiro disco a solo aos 38 anos.
Canção-encruzilhada.
Fala de um momento difícil. Um ponto de viragem, de mudança. O medo turva-nos a perspectiva e impede-nos de olhar para a mudança como algo renovador. Só nos deixa sentir o travo da incerteza. E aí não se vê caminho, só sombra. Esta canção é um diálogo sobre isso, sobre a procura de um caminho que não se vê e a esperança de o encontrar.
Foi a primeira ca
nção que postei no Soundcloud. É um tema instrumental muito simples que apela ao meu lado escapista. Desenha paisagens onde me revejo. Há um silêncio e uma imensidão nesta canção que faz parte do que sou. Por isso a mantive assim, simples e despojada de ornamento.
7- House
8 – The Land At The Bottom Of The Sea