Mondo Drag
The Occultation of Light

| Março 25, 2016 2:31 pm

The Occultation of Light // RidingEasy Records // 26 fevereiro de 2016
8.0/10

Naturais de Oakland e acabados de lançarem o seu 3º álbum,
apresento-vos Mondo Drag, banda que visitará terras lusitanas no Sound Bay Fest
que decorrerá dias 29 e 30 de Abril. 
Esta banda foi uma das maiores surpresas do ano passado para
fãs de rock psicadélico e progressivo com o seu segundo álbum (
self-titled),  aparecendo em inúmeras listas dos melhores álbuns de 2015 para
diversos bloggers.


Nesta terceira aventura (segunda lançado pela RidingEasy
Records
), a banda continua a explorar o som com influências de bandas como
Hawkwind, King Crimson, Yes, Goblin ou Magma, bem ao estilo dos anos 70. 
No entanto, a pergunta que fica é: qual a diferença entre
estes dois álbuns?


Comparando estes dois álbuns, podemos afirmar que a banda se
mostra mais segura e com uma técnica mais refinada. 
O arranque desta viagem cósmica é com “Initiation”, aquecimento
para os ouvidos e a mente do ouvinte. O sintetizador de
John Gamino marca passo
nesta trip. 
Sem quebrar o ritmo, “Out of Sight” apresenta um hard rock
direto com guitarradas de fazer inveja aos antecessores que inspiraram
Mondo
Drag
. A música extra, “Ride the Sky”, segue o mesmo caminho, lembrando o amor
que a banda tem pelo rock n’ roll.




Em “Rising Omen” a nave que nos transporta desacelera para
tempos mais lentos, levando o ouvinte a apreciar o psicadelismo. 
“Incendiary Procession”, uma ode ao rock psicadélico moderno,
está dominada por sintetizadores, uma batida constante de bateria e por efeitos
sonoros que parecem retirados de uma ficção científica de categoria B. 
“The Eye” vive num ambiente minimalista e num misterioso
crescendo psicadélico, com influências orientais, que mais parece um piscar de
olhos aos
The Doors

Já a faixa “In Your Head (Part I & II)” (que faz
justiça ao seu nome) desenrola no sentido oposto, uma vez que começa numa
grande intensidade e acaba numa paisagem calma. 
“Dying Light”, ultima
faixa do disco, pretende mostrar o que estes homens melhor sabem fazer. Tudo começa com
um arrebatador solo de sintetizador, seguido de uma secção inclinada para o
groove, pontuado pelo baixista e baterista, e termina com uma hipnótica jam
protagonizada pelas guitarras e sintetizadores.
Em The Occultation of Light, Mondo Drag provam que são uns
exímios instrumentalistas e que vieram, não para serem uns músicos que prestam
tributo às suas bandas favoritas, mas que querem deixar uma marca na cena, e
com o seu próprio som.