Reportagem: ENTREMURALHAS 2017 [Castelo de Leiria] – 2º dia

Reportagem: ENTREMURALHAS 2017 [Castelo de Leiria] – 2º dia

| Setembro 6, 2017 9:30 pm

Reportagem: ENTREMURALHAS 2017 [Castelo de Leiria] – 2º dia

| Setembro 6, 2017 9:30 pm

O segundo dia do Entremuralhas é o primeiro a garantir acesso aos majestosos palcos Igreja da Pena e Alma e também o primeiro a dar acesso aos trabalhos dos artistas selecionados para o Muralhartes (Batjoy, Simão Matos, Maria João Faustino e João Pombeiro). Esta sexta-feira (24 de agosto) foi também o primeiro dia do festival a ter uma substituição de cartaz, uma vez que os TWA Corbies, outrora anunciados, cancelaram o concerto, tendo sido prontamente substituídos por Simone Salvatori, mentor dos Spiritual Front. Os concertos do dia, com início previsto para as 18h00 traziam assim a palco o italiano Simone Salvatori – a revisitar as canções dos Spiritual Front -, a estreia em território nacional dos franceses Dear Deer, Bärlin, Vox Low e Perturbator e ainda o regresso dos ingleses In The Nursery, 10 anos depois de terem tocado em Leiria, no FadeInFestival 2007.
Simone Salvatori

SIMON SALVATORI

A guitarra acústica de Simone Salvatori e a sua voz forte marcaram este início de segundo dia, abrindo o palco Igreja da Pena com “We Could Fail Again” e uma energia contagiante. Simone Salvatori é o vocalista e mentor dos Spiritual Front (banda que já passou pelo Entremuralhas em 2013) e, a repetir a dose de festival gótico desta vez a solo, trazia na bagagem as músicas dos Spiritual Front prontas para serem ouvidas com tonalidades acústicas. Sempre com um ar muito simpático Simone Salvatori foi tocando temas como “We Could Fail Again”, “Odete”, “Jesus Walked The Deadline”, “Darkroom Friendship” e “Dear Lucifer”, esta última a trazer à memória a performance de King Dude o ano passado no Palco Alma, não só pelas intervenções com o público, mas também pela semelhança do timbre vocal. Como não vinha acompanhado de banda, Simone Salvatori recorreu a uma instrumentação pré-gravada para enriquecer a sonoridade resultante da sua performance a solo. “Autopsy Of A Love” e “Cold Love In A Cold Coffin” foram duas das músicas que dispensaram os acordes, munindo-se apenas da voz, pandeireta e claro está, da sua música folk niilista enriquecida em expressões corporais.

SIMON SALVATORI

“Tenderness Through Violence”, música apresentada como o novo tema do futuro novo disco ditava, assim, um  final de concerto próximo embora nunca fizesse Simone Salvatori ceder ao cansaço. Sempre de um lado para o outro do palco o músico aproveitou para se despedir do público português deixando os seus sinceros agradecimentos à staff da Fade In. “Bastard Angel” fez-se ouvir como música de encerramento do certame. As palmas já haviam sido muitas mas não expectável seria o salto de Simone Salvatori do palco para o público, nesta última canção, em jeito de agradecimento. Os sorrisos estampados nos rostos da maioria do público não passaram indiferentes às objetivas indiscretas dos fotógrafos. Um tiro certeiro e uma substituição completamente bem recebida por todos os que subiram até à Igreja da Pena antes das 18h50.

SIMON SALVATORI

Dear Deer
DEAR DEER

Os franceses Dear Dear subiram a palco uns minutos mais cedo que a hora prevista para apresentarem a sua bombástica mistura sonora de elementos da música industrial, post-punk, no wave e noise. Com Oh my… (2016) na manga, duas máscaras reluzentes e vermelho e preto como cores de fundo, os Dear Deer apresentavam “Snail”, faixa de abertura do disco de estreia, como também tema de abertura deste primeiro concerto em solo nacional. Numa entrada a fazer lembrar Virgin Prunes, os Dear Deer despiram-se de máscaras para se apresentarem em formato homónimo com o single “Dear Deer” que colocou logo as expectativas altíssimas. Claudine Sabatel e Federico Lovino já tinham mostrado em estúdio que a sua guitarra abrasiva e baixo purpulsante apresentavam uma presença denotada na sonoridade resultante, em palco tiveram uma performance poderosa, ainda mais contagiante e envolvente. 

DEAR DEER

Após “Arnolfini” e alguns pedidos de aumento de voz e baixo, os franceses mostraram um tema novo ao público do Entremuralhas: “Jog, chat, work & gula gula”. Entretanto Federico Lovino põe a tocar uma pré-composição de uma música errada, ao qual Claudine Sabatel responde quase instantaneamente “no, wrong” com um sorriso na cara e uma respiração já um pouco ofegante. Segue-se “Klamca” e vêem-se vários elementos do público a sentir o som pelas ruínas da Igreja da Pena. Para não fazer perder os ânimos do público os Dear Deer tocam a estridente “Czekaj na nas !” e torna-se impossível não abanar o corpo (assim está bem!). Depois da performance de mais um novo single, “Disco Discord”, a dupla termina a música a olhar um para o outro fixadamente durante uns bons segundos. Isto serviu de mote para a introdução da próxima música, “Tvd”, single que, segundo a vocalista Claudine Sabatel, a fazia chorar. Após “Ozozooz”, a dupla afirmou que só faltavam mais duas músicas para o concerto acabar porque eles precisavam de ir beber cerveja. Para fechar o dito por muitos “melhor palco do mundo” ouviram-se ainda “Clinical / physical” e o hit “Claudine in Berlin”. 

DEAR DEER - PUBLICO

Pessoalmente, achei o concerto bastante bem-sucedido até porque normalmente não costumo gostar muito dos concertos das bandas que fecham o Palco Igreja da Pena. Os Dear Deer surpreenderam-me e, mesmo apesar da Igreja da Pena não ter espaço suficiente para viver um concerto destes na experiência perfeita, fez uma simulação muito semelhante.

Bärlin
BÄRLIN

Depois da habitual pausa para jantar (no horário das 20h00 às 21h00) os Bärlin subiram a palco para trazerem ao Entremuralhas aquele que viria a ser o concerto da noite (e provavelmente de todo o festival) para muitos. Em formato trio, e além dos temas de Bärlin (2012) e Emerald Sky (2015), os gauleses presentearam os espetadores do Entremuralhas com novas músicas. A primeira delas, “Swans”, que serviu de abertura de concerto, começava ali a fazer estremecer não só as muralhas, mas também o coração do público. Sendo mais uma das estreias em território nacional, e um dos nomes a aparecer em letras pequenas no cartaz, isso não deixou a banda de Clément Barbier (voz/clarinete), Laurent Macaigne (baixo, voz secundária) e Simon Thomy (bateria, voz secundária) sentir-se intimidada, atestando o palco com um baixo poderoso, uma percussão certeira e uma voz diluída entre os territórios de Nick Cave e Antony Hegarty (Anohni). 

BÄRLIN

Com “Revenge” a fazer escutar-se entre as muralhas do castelo já era notório nos rostos dos músicos que aquele concerto prometia ser incrível. Com o ritmo marcado Clément Barbier iniciou o single com uma voz rasgada e uma dança aqui e ali entre percussão e baixo. Fez-se uma pequena “pausa” no castelo e o vocalista delicia o público com a sua incrível prestação no clarinete. Segue-se o baixo de Laurent Macagaine, a marcar território pela sua abordagem guitarrística,  a bateria seca de Simon Thomy e entretanto já está Clément Barbier a fazer ecoar os primeiros berros que anunciam o fim deste malhão. São inúmeros os aplausos, sorrisos e braços no ar que reagem emocionados a esta performance em palco extremamente dominadora. Após “Deer Fight”, um “we don’t speak much” e vários “thank you” os Bärlin tocam a enorme “Morphine” para o público do Alma, sabendo atingir cada um dos espectadores como nenhuma banda até então tinha feito. 

A música dos Bärlin é altamente contagiante, é uma música completamente artística e de tonalidades inventivas, pela conjugação exímia dos ritmos do post-rock, jazz, low-rock, entre outros. Com “Sins” a escutar-se, e depois de uma espécie de spoken-word de Clément Barbier, foi quando os ânimos do público começaram a mostrar-se mesmo mesmo ferverosos. E obviamente que aquela lágrimazinha ao canto do olho acabou por surgir. Com tanta emoção no ar, tinha de surgir a “Sailor Song”, obviamente. E que tiro certeiro que foi, leitores. Estão a ver quando a vossa música preferida toca depois de já estarem ali a chorar de emoção com as músicas que a antecederam? Bem os Bärlin estavam a fazer a setlist perfeita e ninguém queria que aquele concerto acabasse (voltem para o Entremuralhas, por favor). 

BÄRLIN

As projeções que acompanharam a performance dos Bärlin intercalavam entre as duas capas dos discos, e ambas luz e som não mereceram nenhum reparo. Sempre com um olhar fixado no horizonte (à excepção de quando intervinha com o público) Clément Barbier foi cantando, por vezes com recurso ao altifalante, temas como “Der Graf”, “Primus” e “At The Black Horse Inn” preparando assim o público para uma miserável notícia, o fim do concerto. Já menos nostálgicos fizeram arrancar “Sleepwalker” para fechar a sua magnífica performance de estreia em palcos nacionais. 

Ouviram-se aplausos como nunca, muitos assobios, gritos de felicidade e, bem, notava-se claramente que os Bärlin estavam super felizes connosco (melhor público de sempre), e contentes com a sua prestação, de tal modo que até Laurent Macagaine pegou no seu smartphone para gravar uma recordaçãozinha do público em delírio do Entremuralhas. Clément Barbier fartou-se de agradecer a todo o staff da Fade In e claro está, a todos nós. (Como não adorar?) Foi tão bonito que nenhuma palavra fará jus ao que se sentiu no Castelo de Leiria até às 22h05. Obrigada Bärlin, obrigada novamente Fade In e obrigada público maravilhoso, por toda a experiência proporcionada.

BÄRLIN

In The Nursery
IN THE NURSERY

Depois de Bärlin era hora de ir procurar um lugar estratégico para ver um dos grandes nomes do cartaz, os históricos In The Nursery. Antes de subir castelo para ir ver Bärlin encontrámos, completamente ao acaso, os In The Nursery, perto do antigo Beat Club, a entrar numa carrinha. Estávamos a caminhar tranquilos mas eu não pude conter a minha excitação e comentei um bocado alto que eram os In The Nursery. O ponto alto da história, foi quando um membro da Fade In nos perguntou se queríamos boleia até ao castelo (sim no mesmo carro com os In The Nursery), e eu toda tímidazinha e um bocado em pânico recusei (Por favor não me julguem eu não consigo lidar com “famosos” sem ser awkward). Ainda fiquei 2 segundos reticente, mas achei que seria miserável contar-vos sobre a possível conversa com os In The Nursery na carrinha até ao castelo. Fica para a próxima.


Então voltando ao concerto, que estava agendado para as 22h30 no Palco Alma, este teve um início muito aguardado. Notava-se claramente que o público ansiava pelo espetáculo quando se desligou a música de fundo e estavam as luzes apontadas para o palco. Ouvia-se uns “chius” aqui e ali, viam-se bolas de sabão no ar, mas ainda tivemos de esperar cinco minutos para finalmente os irmãos Klive e Nigel Humberstone subirem a palco, acompanhados de um percussionista, para tocar “Rainhall” como introdução. Deu para sentir que aquele era um momento claramente histórico e, antes da performance de “Crepuscle”, entrou em palco mais um elemento fundamental, a vocalista Marguerite Dolores C., detentora de uma alegria contagiante. A fechar o tema, já nos aplausos, Marguerite soltou um “obrigado Leiria”, admitindo que a última vez que tocaram na cidade tinha sido há dez anos atrás no FadeInFestival, em 2007.

IN THE NURSERY

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“Lectern” serviu para aguçar o apetite dos fãs do post-punk, abrindo portas a uma segunda parte do concerto que se esperava ser poderosa. Os irmãos iam mudando de instrumentos e assumindo, alternadamente, novas posições no palco (enquanto Marguerite Dolores C. saía e entrava em cena consoante a setlist) para tocarem singles como “Bombed”, “Mystery”, “Stone Souls” e o enorme clássico “Artisans of Civilisation” que mostrava uma enorme massa de público a aderir ao ritmo. Agradecendo ao público pela envolvência, e já com um concerto a aproximar-se do fim, os In The Nursery apresentaram “A Rebours (Against Nature)” como música precedente e um concerto a caminhar para uma veia mais industrial. Depois de alguns minutos de avanço, a banda inglesa, e todo o público presente, experienciaram uma falha do software que comprometeu a performance dos restantes músicos. Marguerite Dolores C. foi a primeira a pedir desculpa acrescentado que não poderiam tocar sem a instrumentação base, pois o resultado final não seria o mesmo. Entretanto foi falando com o público até que a situação se resolvesse. Já em “Cobalt”, não se deixando intimidar pelo sucedido, os britânicos mantiveram a sua postura muito profissional conseguindo voltar a surtir entusiasmo entre os espetadores presentes. O concerto acabou pelas 23h40, com “L’Espirit” a tocar como música de despedida.

IN THE NURSERY


Vox Low
VOX LOW

Os franceses Vox Low ficaram responsáveis pela abertura do palco principal neste segundo dia de festival, por volta das 00h00. A banda, cuja sonoridade pode ser descrita como “uma fusão perfeita entre krautrock e música eletrónica de toada sombria”, assinalava mais uma das estreias em território nacional, trazendo na bagagem o EPs Trapped On The Moon (2016) e I Wanna See The Light (2016), entre outros singles lançados de forma independente. No palco a horas, em formato quarteto, os Vox Low começaram por tocar o já conhecido single “Now, We’re Ready To Spend” (2014) e por deixar o resto ao critério do público. Com uma interação com o público reduzida (além da comunicação corporal e musical), os Vox Low vieram ao Entremuralhas para projetar a sua sala de ensaios como uma experiência ao vivo. Como já era esperado seguiu-se “Baby Brown” e o guitarrista junta-se temporariamente a Jean Christophe Coudrec para fazer a voz secundária e ajudar nos sintetizadores, enquanto o público aquece para ouvir os temas mais conhecidos. 

VOX LOW

A música dos Vox Low consegue ser quase tão boa ao vivo como é em estúdio, até porque as pausas entre  canções são mínimas e a sonoridade resultante não foge muito às composições conhecidas em casa. No Palco Corpo vão-se ouvindo “Trapped On The Moon” e “The Hunt” e um público bem mais preocupado em curtir o som do que avaliar a prestação dos músicos em palco. A fechar o concerto com “Something Is Wrong”, os Vox Low finalizaram em grande a sua performance de estreia no Entremuralhas, recebendo inúmeros aplausos e assobios de um público que aparentemente desfrutou do espetáculo.

VOX LOW

Perturbator
PERTURBATOR

As primeiras interações com James Kent, a cara por trás de Perturbator, começaram para muitos festivaleiros já na quinta-feira, uma vez que o músico chegou mais cedo a Leiria, aproveitando para desfrutar do festival. Na sexta-feira também, quem o reconheceu, pôde facilmente cumprimentá-lo pela Igreja da Pena e arredores, uma vez que ele andava por lá com o seu característico casaco de carapuço metido.

Marcado para as 01h30, o live set de Perturbator começou por se fazer ouvir no Palco Corpo pelas 01h26. O músico entrou inicialmente em palco para colocar uma introdução, sendo que o abandonou de seguida, enquanto o espetáculo de luz começava a surgir. O público, composto por uma massa mais jovem que a do público de quinta-feira, esperava ansioso, de pé na “plateia”, pela entrada definitiva em palco de Perturbator. Cerca de dois minutos após a introdução do concerto, James Kent despede-se dos seus colegas que o acompanhavam em tour para subir a palco e fazer oficialmente a sua estreia em território nacional.

PERTURBATOR

Uns segundos a mais de espera e ouve-se pelo Castelo de Leiria “Neo Tokyo”, retirada do seu mais recente disco e sucesso de vendas The Uncanny  Valley (2016). Furor no castelo, imensos braços no ar e aplausos, vários gritos de felicidade, centenas de pessoas junto às grades e um concerto muito esperado pelos fãs do Hotline Miami e, obviamente, da retrowave/synthwave. Fazia-se já ouvir “Disco Inferno” e dançar era a palavra de ordem no sistema nervoso da maioria do público que estava ali presente corpo e alma. Aquele espetáculo de luzes (como nunca vi nenhum igual) foi um dos pontos altos da noite, fez-me lembrar aquelas viagens de luz e som simuladas para tentar perceber o funcionamento interno de um computador, só que aqui era mesmo real. Com a pontaria de rei, James Kent inicia “Future Club” e tudo faz sentido naquela performance, toda a minúcia de escolher as músicas da setlist a dedo conseguiram fazer daquele espetáculo um dos enormes desta edição de 2017. Nunca a expressão “dar tudo” teve tanto sentido. Quase que podia dizer que as muralhas do Castelo até estremeceram com tanta luz e som, mas acreditem que estava tudo muito bem e todos muito seguros. E estávamos a entrar na época dos clássicos (“She Is Young, She Is Beautiful, She Is Next”, “Sexualizer”, “Humans Are Such Easy Prey”) da discografia do produtor francês, como não adorar? 

PERTURBATOR - PUBLICO



Com o concerto a aproximar-se do fim e a ouvir-se “Tactical Precision Disarray”, retirada do novíssimo EP New Model (que tem edição física para outubro), Perturbator fazia o público sentir toda aquele ambiente de forma incrível. Estava ali mais um dos grandes concertos do Entremuralhas e, definitivamente, o melhor para os muitos que se deslocaram até ao festival para ver Perturbator. “She Moves Like A Knife” encerra o concerto e, quem ficou até ao fim, pede mais. Não podia acabar ali, tinha de haver mais

De
regresso a palco, o clássico “Welcome Back” serve de introdução para o
definitivo encore com “Perturbator’s Theme”, estava assim encerrado o
segundo dia do Entremuralhas.
E que enorme dia senhores!

PERTURBATOR - PUBLICO

Curiosamente
o concerto de Perturbator não estava tão cheio como eu tinha especulado
à priori. Em conversa posterior com amigos (estamos todos na casa dos 20-30)
chegamos à conclusão que a música de Perturbator possivelmente não é
tão atrativa para um público mais experienciado e da era da música
“analógica”, como é para nós que nascemos e crescemos na era digital. Uma vez que o público do Entremuralhas é,
maioritariamente, um público imigrante digital (possivelmente na casa dos 35-60), é compreensível que não se sintam tão fascinados por este tipo de música. Mas calma, isto são tudo só teorias. 



O segundo dia de festival estava assim encerrado. Dos seis concertos agendados apenas um teve direito a encore. Ao todo, neste segundo dia, subiram um total de 15 músicos a palco.

ENTREMURALHAS 2017 - DIA 2



Texto: Sónia Felizardo
Fotografia: Virgílio Santos
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